Um | Precisamos falar sobre

ontem à noite eu estava só o puro tédio e insônia (o que vem acontecendo quase todos os dias nesses últimos meses) e quando fico assim, eu geralmente viro a madrugada lendo, ou vendo um filme, ou criando um templatezinho pra vocês. às vezes rola de sair pro barzinho com o pessoal, mas não.


Você já parou pra pensar na quantidade de coisas que existem em volta da gente? É facebook, é tinder, é tarja preta, pornografia, álcool. Porra. É uma carregada de coisas. Parece que nunca da pra pensar direito no que a gente verdadeiramente quer. Mas apesar de todas essas possibilidades, eu não conseguir parar de pensar em você.

e aí que eu vasculhando a internet atrás de um filme aleatório, eu me deparo com (Todas As Razões Para Esquecer). quando é um filme nacional, eu meio que já clico porque no meu consciente eu tenho que valorizar a nossa arte e sem contar que o título em si já condiz muito com a minha realidade. só pelo título, já é bem previsível sobre o que o filme fala.

porém, resolvi conversar com vocês sobre - não porque ele é uma obra prima e precisa ser apreciado por todos, não, ele não é - ele é na verdade um filminho bem leve e fácil de assistir, tem um roteiro bem previsível e é bem simpatiquinho. não vá criando muitas expectativas sobre o mesmo e esteja de coração aberto se for assistir.

explicados e entendidos sobre isso, Todas As Razões Para Esquecer, conta a história de Antônio { Johnny Massaro, que fez uma atuação maravilhosa } um rapaz de vinte e tantos anos que termina um relacionamento de dois anos onde os dois moravam juntos. após isso, começa a trajetória dele de buscar todas as maneiras "erradas" para esquecer alguém. erradas porque vão desde tomar antidepressivos, a aplicativos como tinder e muitos e muitos porres. coisas que no fundo não dão muito certo quando você estar passado por um momento complicado da sua vida.

todas essas maneiras só reafirmam o que eu já sabia sobre o assunto. eu também terminei um relacionamento recentemente e isso talvez explique metade da minha insônia, pois eu ainda estou no meio do meu processo. o filme só mostra aquilo que muitos de nós já sabemos sobre a dor do que é deixar alguém ir, que uma hora ou outra, espontaneamente, tudo vai ficar bem. parece que não, que a vida vai ser um merda pra sempre, mas não.

se vai dor enquanto isso? claro, óbvio, vai machucar muito, principalmente se você amar de verdade essa pessoa. o processo é lento. e o conselho que eu e o filme lhe damos é, encarar a dor e aceitar que ela faz parte do aprendizado e do crescimento pessoal. que a maioria das coisas tem começo, meio e fim e que nós precisamos aprender a lidar com isso da maneira mais saudável possível. faz parte da vida.

precisamos chorar o quanto for preciso. eu mesmo chorei muito. no banho, no quarto, no banheiro de algumas festas, no ônibus, no supermercado, no colo de alguns amigos. meu amor, o melhor remédio é se permitir desaguar feito um rio quando tem enchente. deixar a dor transbordar. e jamais, em hipótese alguma, minta para você mesmo e tente maquiar os fatos baseado em uma felicidade inventada ou medicada. jamais faça isso.

é tudo uma questão de tempo, de se dedicar a si mesmo, de buscar fazer aquilo que te deixa melhor. comigo foi voltando a cuidar de quem cuida de mim e me dedicar aos meus desenhos e atividades físicas. você pode começar a arrumar uma bagunça no seu quarto ou chamando um amigo para almoçar na sua casa e abrir seu coração para ele. faça o que bem entender. só acredite, sinceramente, que vai ficar tudo bem. depois de todo choro, a vida segue.

4 Comentários

  1. Sentir é essencial... alegria, tristeza, desespero! Precisamos nos permitir e aceitar viver cada fase da vida. O que não é sentido agora, vem depois, muito mais forte e avassalador.

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    1. Pois é exatamente isso.
      Sentir agora é muito melhor. Mas rápido passa.

      Boa noite

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  2. Não conhecia o filme Ricardo, mas vou procurar para assistir. Esse tema, tentar encontrar sentido na vida depois de um término, é um prato cheio para a ficção, né? Até porque: quem nunca passou por isso? Um abraço!

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    1. É verdade. Lembra inúmeros filmes. Porém, ele tem uma sutileza, algo muito leve e fácil de assistir, como falei acima.

      Bom filme,
      Boa noite.

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