hoje eu apaguei as nossas fotos e doeu demais abrir mão do futuro que sonhei pra gente, eu tinha planejado tanta coisa, sabe, como a gente foi chegar tão rápido aqui?

vez ou outra, ainda irei me deparar com rastros da nossa história pela galeria, não quero me esquecer do primeiro café da manhã que tu fez pra mim, do primeiro dia em que te vi, das noites em que nossa conexão foi intensa, dos cachinhos do teu cabelo... não quero me esquecer dos teus olhos profundos e de como tua sensibilidade tocou minha alma

todo dia tem doído menos, todo dia me despeço do nosso acaso curto e lindo, da viagem rápida que fizemos um na vida do outro, tu foi o turista que eu mais desejei que morasse em mim

que não apenas me revisitasse nos finais de semana como só mais um lugar bom e confortável, entre outros que você também visitaria

eu queria que você me escolhesse como casa

mas como diria marisa, às vezes é melhor sentir saudades do que seguir vazio, sinto conforto em saber que apesar de tudo, pra mim valeu o pouco que a gente viveu, todos os beijos, abraços e carinhos, tudo isso valeu, as conversas profundas, os jantares tranquilos e os dias amanhecidos, pra mim tudo isso valeu

diariamente dói sustentar a decisão de ter ido embora, mas certamente ficar esperando tu me escolher, me mataria muito mais rápido

a gente vai se ver por ai, essa cidade é minúscula, em algum barzinho que a gente já frequentou juntos, eu hei de te ver bem e feliz, torço por isso

lembrarei de ti como um sonho bom baby, daqueles que a gente acorda sorrindo