
Mas hoje, hoje eu queria te contar como tem se passado os dias longe do teu abraço. Ultimamente eu fico aqui, observando este papel envelhecido e neutro, absolutamente calado. Eu fiquei mudo. Desaprendi de sofrer pela ponta do lápis. E tudo que eu escrevo é um reflexo ridículo da minha alma. Já não mais nada dentro desse meu peito, já que você levou tudo, inclusive a penteadeira que eu te dei no ultimo natal. Esta folha que agora eu amasso, é o retrato físico do que tu fizeste com a minha vida. Eu só soube fazer borrões e cometer erros por toda uma vida e que jamais conseguiu terminar algo, mas tu, tu despedaçou com todas as expectativas. Eu fui o brinquedo que tu enjoou de brincar. E agora, bem, essa tristeza vai sendo sorrateiramente costurada neste papel. Um dia eu recorto um coração daqui e colo no peito daquele boneco — o boneco sem vida, o boneco feito inutilmente pra alegrar a tua vida — a marionete que depois do show será jogada no canto e certamente sucumbirá na solidão, num canto esquecido da tua consciência.
Triste. Consegui imaginar. Como um filme curto e música lenta ao fundo. Mas não achei o boneco feio, na verdade nem lembro de todos os detalhes, mas lembro de olhos brilhantes que refletiam sua alma e iss me prendia a ele.
ResponderExcluirbjs, te adoro!!
Que bonito! Porém triste...
ResponderExcluirTocou minh'alma!
Tem postagem nova! Passa lá no meu blog!
BeijO*-*
http://evesimplesassim.blogspot.com
que post tão bonito e ao mesmo tempo tão triste.. :)
ResponderExcluirobrigada pelo teu comentário!