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Percebe a cada dia que as varias fazes e estações não o mudaram. Ali, dentro dele, ainda bate o mesmo coração deprimido, tímido e solitário de sempre. Percebe isso quando rever as fotos e lembra dos momentos. Seus amores, seus ódios, sua solidão, tudo ainda ali emoldurado na parede da mesmice. Nada mudou, tudo mudou, ele só não enxerga do mesmo ângulo que o resto do mundo. Jorge, Lucas, Téo, estes evoluirão, crescerem, mudaram. Mês passado ele foi convidado pro chá de bebê da Ana Maria. Hoje ele é padrinho da Sofia que é filha do seu melhor amigo. Mas ele continua ali, fixado naquela fotografia de mil novecentos e tal. De algum modo ele sempre voltava para a casa. Como uma arvore forte, ele resistia a todos os invernos, verões e outonos, por que sua primavera parecia nunca chegar. Ele, que se chama Zé, comprou cuecas novas, penteou o cabelo e esqueceu de tirar a barbar. Zé nunca mais voltou. A ser o mesmo.
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